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A bússola da confiança no Sistema Nacional de Garantia Mútua
2025-10-24
A qualidade dos dados financeiros das empresas é hoje muito mais do que um requisito técnico para aceder ao crédito — é um investimento estratégico no futuro saudável da economia. A robustez e a transparência da informação financeira são determinantes não apenas para viabilizar o financiamento imediato, mas também para aumentar a atratividade das empresas junto de investidores, stakeholders e parceiros comerciais.
Uma avaliação favorável, construída sobre dados sólidos e atualizados, permite fechar a operação de hoje e, simultaneamente, abrir portas a novas oportunidades de crescimento sustentável e competitivo, no futuro. Neste processo, a rigorosa avaliação de risco feita pelas Sociedades de Garantia Mútua (SGM) atua como um verdadeiro selo de credibilidade, com impacto direto na confiança do sistema financeiro e na competitividade global da economia portuguesa.
Como em qualquer instituição de crédito, o rating de clientes é uma ferramenta essencial no processo de análise de risco e decisão de crédito das SGM. Este instrumento permite segmentar a carteira em classes de risco qualitativo, facilitando a monitorização e o acompanhamento das empresas, nomeadamente na deteção de sinais de deterioração e na interligação com o modelo de imparidades.
A qualidade, transparência e rigor das demonstrações financeiras, assumem, assim, um papel central na definição da notação de risco. Empresas com indicadores económico-financeiros mais sólidos demonstram maior estabilidade e capacidade de gestão, e terão assim um maior apetite ao risco junto dos financiadores, traduzido numa melhor classificação na escala de rating e, beneficiando potencialmente de melhores condições, designadamente no pricing. Em sentido inverso, entidades com fragilidades estruturais, opacidade informativa ou registos negativos no Banco de Portugal são posicionadas em escalas de risco mais degradadas, o que pode dificultar ou inibir o acesso ao crédito ou à garantia.
Importa sublinhar que a avaliação de rating não se limita à empresa de forma individual, combinando notações de risco das várias empresas que integrem um determinado grupo económico de risco, assegurando uma visão integrada da sua exposição e avaliando a sua robustez económico-financeira do mesmo.
A análise da carteira de garantias das SGM demonstra que as empresas que acederam com sucesso às linhas de garantia e concretizaram as respetivas operações possuem, na sua maioria, um risco qualitativo bom ou médio— e por consequinte, o perfil de risco das empresas é um fator determinante de sucesso no acesso ao crédito.









